A linha de meu telefone fixo estava cruzada com as de outras pessoas (assim mesmo, no plural). Se eu ligasse para a própria Telemar, ela identificava meu número como outro. Às vezes, eu tirava o fone do gancho e encontrava uma conversa já instalada.
Sábado de manhã, o telefone tocou.
-- Bom dia.
Silêncio.
-- Alô, olá, quem fala?
Entrou uma senhora com sotaque levemente português.
-- Alô. O sinhoire queire falar com quem?
-- Eu? Não, minha senhora, fui eu que atendi. O telefone tocou e eu atendi.
-- Como? O sinhoire ligou e o sinhoire mesmo atendeu?
Tem cada uma!
***
Uma de muitas coisas que odeio é ser chamado de "meu querido". Especialmente por vendedores, balconistas, telemarqueteiros e assemelhados.
***
Recém-lidos:
Batman #156 (junho de 1963), segunda história;
Nineteen Eighty-Four, de George Orwell.
EOF
12 janeiro 2009
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